Introdução
Graças à variedade de smartphones, tablets, monitores, laptops e TVs com dezenas de polegadas, nunca tivemos telas com tamanhos tão diferentes quanto hoje. Atrelada a este cenário está outra característica também rica em opções: a resolução. Termos como HD, Full HD, 1080p, 4K, 8K, XVGA e outros fazem cada vez mais parte da nossa “vida digital”.
Mas, afinal, o que é resolução? Qual a diferença entre HD, Full HD, 4K e afins? Como é a relação entre tamanho de tela e resolução? Se estas e outras perguntas semelhantes permeiam a sua mente, não se preocupe: nas próximas linhas, o InfoWester explica tudo o que você precisa saber sobre o assunto.
Se você já sabe o que é tamanho de tela, resolução, densidade de pixels e aspect ratio, pode usar a lista a seguir para pular para o tópico de seu interesse. Mas é claro que a leitura na íntegra é recomendável para melhor compreensão 😉
O que é resolução?
Há quem confunda resolução com tamanho de tela. Mesmo que esse não seja o seu caso, é conveniente aprender / relembrar como é feita a medição de uma tela antes de chegarmos à explicação sobre resoluções.
Tamanho de tela (em polegadas)
No universo das telas, há duas medidas fundamentais que são relacionadas, mas não iguais: tamanho e resolução. A primeira faz referência às dimensões físicas da tela; a segunda, à quantidade de informação que é possível exibir dentro desses limites físicos.
Por padrão, o tamanho da tela é medido em polegadas (inch, em inglês). Cada polegada, vale frisar, equivale a 2,54 centímetros ou 25,4 milímetros e também pode ser representada pelo caractere de aspas, por exemplo: 32″ (32 polegadas).
Toda vez que você ouvir falar de um smartphone de 5 polegadas ou de uma TV de 40 polegadas, portanto, saberá que a medida faz referência ao tamanho da tela do dispositivo. Um tablet de 10″, por exemplo, indica que a sua tela tem 25,4 centímetros (10 x 25,4).
Só que essa é uma informação um tanto imprecisa, pois as telas normalmente são retangulares, com esse “retângulo” podendo ter proporções diferentes na horizontal e na vertical, certo? Sim. É por isso que a medição é feita considerando a diagonal da tela.
Em outras palavras, medimos o tamanho da tela calculando a distância em polegadas do canto esquerdo inferior ao canto direito superior (ou vice-versa), como mostram as figuras a seguir:
Tamanho de tela: definido pelo medida da diagonal em polegadas (Imagem original por LG)

Resolução de tela

Você já sabe que, por padrão, as telas têm formato retangular. Isso significa que a área desses dispositivos considera a sua largura (horizontal) e a sua altura (vertical).
É aqui que chegamos à resolução: a imagem exibida na tela é dividida em minúsculos pontos chamados pixels. Você pode entender um pixel como sendo o menor tamanho que uma imagem pode ter.
Os pixels são organizados em linhas (horizontal) e colunas (vertical). A resolução, portanto, nada mais é do que a medição que indica quantos pixels há em cada linha e em cada coluna da tela.
Assim, uma resolução de 1920 x 1080 pixels indica que a tela é capaz de exibir 1920 pixels por linha e 1080 por coluna. É como uma matriz. Via de regra, o primeiro número faz referência à largura; o segundo, à altura da tela.
Note que essa medida também é válida para imagens e vídeos. Você pode ter, por exemplo, uma figura de 300 x 250 pixels ou um filme de 720 x 405 pixels.
Relação entre tamanho de tela e resolução
Você já sabe que os pixels são a menor informação que uma tela pode exibir. A não ser que esteja lendo esse texto em papel, você talvez consiga distinguí-las agora se aproximar bem os olhos do monitor ou do dispositivo móvel com o qual estiver acessando esta página. Mas, por que não há uma medida fixa para definir os pixels?
Porque o tamanho dos pixels não é, necessariamente, igual em todos os dispositivos. Você pode ter duas telas de 20 polegadas, por exemplo, mas uma suporta resolução de até 1600 x 900 pixels e a outra, mesmo tendo as mesmas dimensões físicas, trabalha com resolução máxima de 1366 x 768 pixels. Se você tentar fazer exibir uma resolução maior que a suportada, o dispositivo não funcionará corretamente.
Cada pixel suporta uma cor, ou seja, uma informação. Logo, quanto mais pixels existirem, mais detalhada e rica será a imagem, pois mais informações a tela poderá exibir. Portanto, o monitor do exemplo que possui 1600 x 900 pixels pode ser considerado melhor que o segundo para determinadas aplicações.
Densidade de pixels (PPI)
Tudo bem que as telas podem ser compatíveis com resoluções diferentes, mesmo assim, não é estranho que um monitor de 20 polegadas suporte resolução máxima de 1366 x 768 pixels e um Apple iPhone 6, por exemplo, consiga fazer 1334 por 750 pixels caberem dentro de uma tela de 4,7 polegadas? Quer dizer, considerando as devidas proporções, esta diferença não deveria ser muito maior?
O que acontece é que, com a evolução da tecnologia, as telas atuais passaram a suportar resoluções cada vez maiores, mesmo tendo dimensões reduzidas. É como se o pixel tivesse ficado tão pequeno ao ponto de ser (quase) impossível distinguí-lo com os olhos.
No caso do iPhone e outros produtos da Apple, esse feito deve-se a uma tecnologia que a empresa chamada comercialmente de Retina. Trata-se de uma técnica que permite a obtenção de pixels tão pequenos (78 micrômetros no iPhone 4 e 86 no iPad 3, por exemplo) que o efeito obtido equivale à existência de quatro pixels onde antes havia um só.
Esse dinamismo todo faz com que considerar um pixel como sendo a menor informação exibida numa tela perca um pouco de sentido, especialmente em dispositivos móveis: mais do que a resolução em si, a noção de qualidade passa a considerar o quão difícil é possível distinguir os pontos na tela.
Para tanto, convencionou-se considerar a densidade de pixels. Isso é feito por meio da medida PPI, sigla para Pixel Per Inch ou, em bom português, Pixels por Polegada.
Quanto maior o PPI, melhor a qualidade da tela: se há mais pontos, mas as dimensões físicas não mudam, pode-se então incluir mais detalhes ali.
Tal aspecto até pode não fazer muita diferença em telas grandes, como as das TVs, mas tem bastante relevância em laptops, tablets e smartphones, uma vez que utilizamos esses dispositivos de maneira muita mais próxima aos olhos. O já mencionado iPhone 6, por exemplo, tem tela com 326 PPI.
É importante não confundir PPI com DPI (Dots Per Inch ou Pontos Por Polegada). Essa última medida é semelhante, mas é comumente aplicada em atividades de impressão.
Aspect ratio (ou Proporção de tela)
Há outra característica deveras importante relacionada às telas: a proporção que determina quão largas estas são. Algumas telas têm formato mais “quadrado”, embora não o sejam de fato. Outras são mais “esticadas”, remetendo aos telões dos cinemas.
Como esse fator pode influenciar na exibição de imagens, vídeos e até mesmo nas resoluções, a indústria trabalha com padrões pré-determinados de formatos: o aspect ratio ou proporção de tela.
Até pouco tempo atrás, especialmente na época dos televisores e monitores CRT, o mais comum era o formato 4:3. Isso significa que, para cada quatro partes iguais de largura, a tela possui outras três de mesma proporção na altura. Dividindo esse número, temos 1,33, assim, esse resultado também pode ser utilizado para descrever o formato, embora não seja habitual.
Atualmente, o aspect ratio mais comum é o 16:9: repetindo a fórmula, para cada 16 partes iguais na largura, há outras 9 de mesmo tamanho na altura.
Esse é um formato panorâmico, ou seja, widescreen, e se tornou o mais comum no mercado. Mas há outros, embora a maioria seja pouco utilizada:

  • 3:2
  • 4:3
  • 5:4
  • 14:9
  • 16:9
  • 16:10 (ou 8:5)
  • 17:9
  • 21:9

Monitores com aspect ratio de 4:3, 16:9 e 21:9 (Imagens originais por LG)
Perceba que o aspect ratio precisa combinar com a resolução. Uma tela de 4:3, por exemplo, não será preenchida adequadamente se trabalhar com 1600 x 900 pixels.
Padrões de resoluções
A indústria também se viu na obrigação de adotar padrões de resoluções. Entre outras razões, isso se deve ao uso desse aspecto para indicar a qualidade de imagem: em tese, quanto maior a resolução, melhor a qualidade, como você já sabe.
É neste ponto que entram em cena denominações como Full HD e 4K. O que esses termos querem dizer, já que eles não informam explicitamente qual a resolução da tela?
Para que você possa compreender, as principais resoluções são explicadas nos tópicos a seguir, uma a uma.
 
Resolução VGA e suas variações: QVGA, HVGA, WVGA e FWVGA e outras
VGA (Video Graphics Array) é um padrão de saída de vídeo criado nos anos 1980. Foi o principal formato do tipo no mercado por muito tempo, até perder espaço progressivamente para padrões mais sofisticados, como DVI e HDMI.
Uma das várias características desse padrão é o uso da resolução de 640 x 480 pixels, razão pela qual essa combinação ficou conhecida como resolução VGA.
A partir dos anos 2000, começaram a surgir telefones e outros dispositivos móveis cujas telas tinham o VGA apenas como uma referência e, assim, utilizavam resoluções consideradas variações.
Uma delas é a QVGA (Quarter VGA), que possui 320 x 240 pixels. Um dos dispositivos baseados nesta resolução é o smartphone Sony Xperia X10 mini. Uma variante desta é a WQVGA (Wide QVGA), que conta com largura maior, mas mantém a altura: 400 x 240 pixels.
VGA versus QVGA
Para se adaptar a determinados dispositivos, do VGA em si também saíram versões “alargadas”. Uma delas é a WVGA (Wide WVGA), que conta com 800 x 480 pixels e foi utilizada, por exemplo, nos aparelhos Google Nexus One e Samsung Galaxy S.
Outra é a FWVGA (Full Wide VGA), que expressa a resolução de 854 x 480 pixels e foi utilizada no smartphone Motorola Droid, por exemplo.
Neste ponto, é conveniente lembrar que todas essas resoluções costumam ter pequenas variações para se adequar ao aspect ratio de um dispositivo. O WVGA, por exemplo, pode possuir 720 x 480 pixels para se adequar a uma tela com proporção 16:10.
A lista abaixo mostra um resumo das resoluções VGA, incluindo algumas variações ainda não mencionadas. Não se assuste com a quantidade, tampouco se preocupe em decorá-las. A maioria é pouco utilizada, portanto, basta consultar páginas como esta para saber a resolução que cada uma representa:

  • VGA: 640 x 480 pixels;
  • WVGA: 800 x 480 pixels;
  • FWVGA: 854 x 480 pixels;
  • QVGA: 320 x 240 pixels;
  • QQVGA: 160 x 120 pixels;
  • HQVGA: 240 x 160 pixels;
  • WQVGA: 400 x 240 pixels;
  • HVGA: 480 x 320 pixels;
  • WVGA: 800 x 480 pixels;
  • SVGA: 800 x 600 pixels;
  • DVGA: 960 x 640 pixels;
  • WSVGA: 1024 x 600 pixels.

 
Resolução XGA e semelhantes: WXGA, SXGA, UXGA e outras
XGA (Extended Graphics Array) surgiu na década de 1990 como complemento às especificações do VGA e do Super VGA. No que diz respeito às resoluções, esse padrão é usado para indicar a combinação de 1024 x 768 pixels que, por muito tempo, foi muito comum em telas no formato 4:3.
Aqui também há variações mais “alargadas” e devidamente chamadas de WXGA (Wide XGA). Esse nome pode se referir a pelo menos seis resoluções:

  • 1152 x 768 pixels;
  • 1280 x 720 pixels;
  • 1280 x 768 pixels;
  • 1280 x 800 pixels;
  • 1360 x 768 pixels;
  • 1366 x 768 pixels.

Há ainda uma versão denominada XGA+ que representa as resoluções de 1152 x 900 e 1152 x 864 pixels.
A seguir, um resumo com todas (ou quase todas) as variações do XGA. Novamente, não se preocupe em decorá-las:

  • XGA: 1024 x 768 pixels;
  • WXGA: de 1152 x 768 a 1366 x 768 pixels;
  • XGA+: 1152 x 900 e 1152 x 864 pixels;
  • WXGA+: 1440 x 900 pixels (há divergências quanto à existência desta resolução);
  • SXGA: 1280 x 1024 pixels;
  • SXGA+: 1400 x 1050 pixels;
  • WSWGA+: 1680 x 1050 pixels;
  • UXGA: 1600 x 1200 pixels;
  • WUXGA: 1920 x 1200 pixels;
  • QWXGA: 2048 x 1152 pixels;
  • QXGA: 2048 x 1536 pixels;
  • WQXGA: 2560 x 1600 pixels.

Aqui, convém citar que, de certa forma, as resoluções que possuem 720 pixels ou mais podem ser consideradas High Definition (Alta Definição). Você entenderá o porquê nos próximos tópicos. Antes disso, é válido conhecer as variações de “altíssima definição” do XGA:

  • QSXGA: 2560 x 2048 pixels;
  • WQSXGA: 3200 x 2048 pixels;
  • QUXGA: 3200 x 2400 pixels;
  • WQUXGA: 3840 x 2400 pixels;
  • HXGA: 4096 x 3072 pixels;
  • WHXGA: 5120 x 3200 pixels;
  • HSXGA:  5120 x 4096 pixels;
  • WHSXGA: 6400 x 4096 pixels;
  • HUXGA: 6400 x 4800 pixels;
  • WHUXGA: 7680 x 4800 pixels (ufa!).

 
Resolução HD (720p)
Diante do advento dos dispositivos móveis com telas sofisticadas e de TVs LCD, LED, Plasma e afinscada vez maiores, o mercado adotou uma resolução padrão não só para diminuir os problemas na exibição de conteúdo nesses dispositivos como também para apresentar um apelo fortemente comercial. É aí que surge o que conhecemos como resolução HD, sigla para High Definition (Alta Definição).
O HD faz referência à resolução de 1280 x 720 pixels, que por sua vez combina com telas widescreen (16:9). Em geral, as imagens que respeitam essa resolução apresentam qualidade bastante satisfatória.
O HD se tornou, de fato, uma referência no mercado, podendo ser encontrado em TVs de custo baixo e intermediário, assim como em smartphones e tablets. Só é preciso tomar cuidado para não confundir com suas duas variações: o nHD, que possui 640 x 360 pixels e o qHD, que conta com 960 x 540 pixels.
720p e 720i
Outro fator que resultou no surgimento da resolução HD é o padrão HDTV (High-Definition Television ou, no Brasil, TV de Alta Definição), que determina um conjunto de parâmetros para substituir sistemas de televisão tradicionais, como NTSC e PAL. Entre esses critérios está a associação da resolução de 1280 x 720 pixels com o aspect ratio de 16:9.
A essa altura, talvez você já tenha entendido: o termo 720p, que é muito utilizado, também é uma denominação que indica a resolução HD, isto é, de 1280 x 720 pixels. Mas, de onde é que saiu essa letra ‘p’?
Os olhos humanos não percebem, mas o conteúdo da TV é atualizado várias vezes por segundo. Esse processo é chamado de Refresh Rate ou Taxa de Atualização e, normalmente, é medido em Hz (Hertz). Uma TV com 60 Hz, por exemplo, renova suas imagens 60 vezes por segundo. Teoricamente, quando maior esse número, mais “confortável” é a exibição da imagem na tela.
É daqui que vem o ‘p’. A letra faz referência à técnica de Progressive Scan (Varredura Progressiva), que também é um dos parâmetros da HDTV. O termo indica que a atualização da tela acontece em todas as linhas desta, de cima para baixo, ou seja, todo o conteúdo exibido é renovado em uma etapa só.
Pode parecer um tanto óbvio, mas é que sistemas de TV mais antigos utilizam o Interlaced Scan(Varredura Entrelaçada), onde a atualização acontece de maneira semelhante, mas primeiro as linhas pares são atualizadas, depois as linhas ímpares, em um esquema do tipo “linha sim, linha não”.
Interlaced scan: primeiro um grupo de linhas, depois o outro
O Interlaced Scan é representado pela letra ‘i’, portanto, pode existir também o padrão 720i. Mas, não há registro de uso oficial desse termo, mesmo porque a tecnologia atual suporta 720p mesmo nos dispositivos mais simples, não havendo razão para a adoção do modo entrelaçado.
Vale destacar que os padrões que não alcançam as especificações HDTV costumam se enquadrar nas características do SDTV (Standard-Definition TeleVision). As suas resoluções mais comuns são 704 (ou 720) x 576 pixels e 704 (ou 720) x 480 pixels.
Resolução Full HD (1080p)
Se o HD já resulta em imagens muito boas, o Full HD aparece para oferecer uma experiência ainda mais enriquecedora. O termo, que também pode ser abreviado como FHD (embora essa sigla seja pouca usada), representa a resolução de 1920 x 1080 pixels, igualmente (ou mais) apropriada à proporção de 16:9.
Tal como o HD, o Full HD ganhou forte apelo comercial, algo no estilo “o HD é bom, mas o Full HD é ainda melhor”. Equipamentos um pouco mais sofisticados são o alvo desse tipo de tela, como é o caso dos smartphones Samsung Galaxy S5 e do Google Nexus 5, além de monitores e TVs de diversos tamanhos, é claro.
TV Full HD de 40 polegadas (Imagem original por Samsung)
1080p e 1080i
A resolução Full HD também é reconhecida nas especificações da HDTV e, consequentemente, recebe uma denominação orientada à quantidade de linhas em Progressive Scan: 1080p. Assim, você já sabe que um dispositivo que ostenta esse nome em suas especificações é Full HD.
Embora não sejam muito comuns, é possível encontrar ainda dispositivos 1080i: suas telas suportam a resolução Full HD, mas com atualização em modo Interlaced Scan.
Selo Full HD / 1080p
Resumo
As resoluções HD e Full HD tornaram-se referência no mercado, o que é bastante útil porque esse aspecto reflete na padronização dos formatos de vídeos e imagens, por exemplo, assim como facilita a vida do consumidor, que não se perde no meio de tantas resoluções possíveis. Como mostra o resumo a seguir, as variações são poucas:

  • HD (720p): 1280 x 720 pixels;
  • nHD: 640 x 360 pixels;
  • qHD: 960 x 540 pixels;
  • Full HD (FHD ou 1080p): 1920 x 1080 pixels;
  • QHD (WQHD): 2560 x 1440 pixels.

Como a quantidade mínima de pixels na vertical para uma resolução ser considerada de alta definição é de 720, criou-se informalmente o entendimento de que qualquer valor acima disso é HD. Não deixa de ser correto, mas para um produto receber esta sigla ou a Full HD precisa respeitar as resoluções definidas para cada padrão.
 
Resolução 4K (UHD ou 2160p)
Ainda estamos apreciando nossos dispositivos Full HD, mas a indústria não perdeu tempo e já tornou realidade um padrão superior – quatro vezes superior, na verdade: a resolução 4K, que representa a generosíssima combinação de 3840 x 2160 pixels.
TV 4K da linha Bravia (Imagem por Sony)
Também chamada de Ultra HD (UHD), a resolução 4K começou a ser desenvolvida em 2003, passando a ser usada pra valer em meados de 2006, pelo cinema. Poucos anos depois, no entanto, já era possível encontrar telas UHD em televisões mais sofisticadas e que custam alguns milhares de dólares.
É muito difícil encontrar uma TV 4K que tenha menos de 50 polegadas de tamanho. A razão é que, pelo menos até momento, somente equipamentos maiores conseguem aliar viabilidade técnica de construção e qualidade de imagem notoriamente superior.
É por isso que, embora haja promessas de smartphones com 4K (nenhum modelo havia sido publicado até a conclusão deste texto), muita gente vê a ideia com desconfiança: em telas pequenas, as diferenças entre Ultra HD e 4K dificilmente podem ser notadas. Teremos que esperar a indústria superar todas as limitações técnicas e lançar algum dispositivo do tipo para fazermos a prova da verdade.
Tal como nos demais padrões, a resolução 4K também tem suas variações. A combinação de 3840 x 2160 pixels é tida com a principal porque é a resolução existente nas especificações do Ultra HD Television, também conhecido como UHDTV. Assim, também podemos utilizar uma denominação que faz referência à medida vertical com Progressive Scan: 2160p. Só que, ao contrário dos termos 720p e 1080p, o nome 2160p não é muito utilizado.
Outra resolução que também é representada pela sigla 4K (mas não pela UHDTV) é a de 4096 x 2160 pixels, que foi adotada oficialmente pela Digital Cinema Initiatives (DCI), entidade formada por grandes empresas da indústria cinematográfica para determinar padrões para o segmento.
De fato, é no cinema que a resolução de 4096 x 2160 pixels melhor cumpre o seu papel, uma vez que essa combinação é mais apropriada a telas ou projeções com aspect ratio de 17:9 existentes em salas mais modernas, enquanto que a maioria das TVs se prende à proporção de 16:9. Por causa dessa diferença, a resolução de 4096 x 2160 pixels também costuma ser chamada de DCI 4K.
A montagem abaixo dá uma boa noção da “generosidade” da resolução Ultra HD:
VGA versus Full HD x 4K
Eis as suas principais variações:

  • 4K (UHDTV ou QFHD): 3840 x 2160 pixels;
  • 4K (Ultra Wide HDTV): 5120 x 2160 pixels;
  • DCI 4K: 4096 x 2160, 4096 x 1716 (incomum) e 3996 x 2160 pixels (também incomum).

Por que a letra ‘K’ em 4K?
Assim como HD e Full HD, o termo 4K não só faz referência a uma resolução como também tem forte apelo comercial. Mas, se o padrão também pode ser chamado de Ultra HD ou UHD, por que o 4K é a expressão mais usada?
Acontece que a letra ‘K’, na língua inglesa, é comumente utilizada para representar o número mil. Assim, se você tiver 2 mil ou 3 mil unidades de qualquer coisa, pode chamar esta quantia de 2K ou 3K, por exemplo.
Como a resolução horizontal do UHDTV é um número que se aproxima de 4000 (e o supera, no caso do DCI), presume-se que a sigla 4K passou a ser usada para representá-la porque transmite uma noção mais clara de sua grandiosidade.
Aqui, vale observar que a existência do 4K não significa que o HD e o Full HD ficarão delegados ao passado, pelo menos não por um bom tempo. Esses padrões apresentam qualidade satisfatória em celulares, tablets e mesmo televisores.
Além disso, o 4K conta com algumas desvantagens. Para começar, a quantidade de conteúdo nesse formato ainda é pequena, embora já haja filmes, transmissões de eventos esportivos e até mesmo suporte a UHD em serviços como o YouTube.
Outra possível desvantagem é que transmissões 4K exigem conexões à internet bastante rápidas, o que ainda não é realidade para muita gente, mesmo em países desenvolvidos.
 
Resolução 2K
Do ponto de vista comercial, pulamos do Full HD direto para o 4K, mas há um intermediário aqui: aresolução 2K. Só não é muito comum encontrar dispositivos que ostentem um selo com esse nome.
A principal razão para isso é que o 2K faz referência à resolução de 2048 x 1080 pixels. Como esta combinação é apenas um pouco maior que o Full HD (1920 x 1080), para a indústria foi mais interessante partir direto para o 4K.
Aqui também há variações:

  • 2K: 2048 x 1080 pixels;
  • DCI 2K: 2048 x 858 ou 1998 x 1080 pixels.

 
Resolução 5K
No segundo semestre de 2014, o mercado começou a ver a chegada de alguns poucos, mas interessantes produtos com resolução 5K. A linha de monitores de 27 polegadas UltraSharp, da Dell, é um exemplo.
A denominação 5K faz referência à resolução de 5120 x 2880 pixels (é um pouco maior que as combinações 4K, portanto) e pode trabalhar com telas de aspect ratio de 16:9 ou proporções próximas a essa.
 
Resolução 8K (FUHD ou 4320p)
Ao apresentar imagens quatro vezes maiores que no Full HD, a resolução 4K é espantosa o suficiente para não existir necessidade de nada ainda mais avançado, certo? A resolução 8K vem para provar que a resposta é “não”.
Podendo também ser chamada de Full Ultra HD (FUHD) ou 8K UHD, a resolução 8K define uma combinação de 7680 x 4320 pixels, o que a torna 16 vezes maior que o Full HD (relembrando, 1920 x 1080 pixels). Não entendeu como? Observe a ilustração a seguir:
Resolução 8K: 16 vezes maior que o Full HD
Uma vez que telas 8K ainda estão sendo desenvolvidas, há pouquíssimos equipamentos compatíveis com essa resolução. De qualquer forma, o formato deverá abranger tanto telas de cinema quanto televisores. Não por menos, a resolução 8K também é reconhecida pelas especificações do UHDTV, o que lhe confere o nome 4320p.
Aqui – adivinhe – também há variações nas resoluções, mas cada uma delas está diretamente ligada a um aspect ratio diferente:

  • 7680 x 4320 pixels: 16:9;
  • 8192 x 4320 pixels: 17:9;
  • 8192 x 5120 pixels: 16:10 (ou 8:5);
  • 10080 x 4320 pixels: 21:9.

Há ainda uma resolução inusitada chamada de 8K Fulldome que apresenta 8192 x 8192 pixels. Seu uso é direcionado a equipamentos de projeção utilizados em planetários, por exemplo.
A previsão é a de que telas e conteúdo 8K só comecem a surgir regularmente por volta de 2020. A principal empresa que aposta neste padrão é a japonesa NHK, que chama a resolução de Super Hi-Vision (SHV). Os desafios para a sua implementação são realmente grandes: atualmente, os benefícios de uma resolução tão alta só aparecem em TVs com mais de 80 polegadas.
 
Finalizando
No meio de tantas resoluções, você pode estar se pergutando: qual é a melhor? Bom, depende. Para quem vai comprar uma TV, já há vasto conteúdo oferecido em HD ou mesmo em Full HD a partir deBlu-ray ou serviços on-line como Netflix, por exemplo.
Felizmente, a maioria dos televisores atuais trabalham com essas resoluções. Já há alguma coisa também em 4K – inclusive, smartphones como Samsung Galaxy S5 já são capazes de gravar vídeos nesta resolução -, mas as TVs que exploram essa característica não são nada baratas.
Para smartphones, a situação é bem mais amena: na maioria das vezes, uma resolução baseada em algum padrão VGA dá conta do recado. Dá também para encontrar aparelhos com resoluções mais altas, como HD e Full HD (comum em dispostivos com 5 ou mais polegadas), mas é necessário ter ciência de que estas opções, não raramente, são mais caras.
De modo geral, a dica é esta: analisar todos os fatores que levam à melhor relação custo-benefício. No cenário atual, nem sempre as resoluções mais sofiscadas se encaixam neste contexto.
Você pode saber mais sobre o assunto nos links que serviram de referência para este texto:

Escrito por Emerson Alecrim – Publicado em 07_03_2014 – Atualizado em 17_03_2015   http://www.infowester.com/resolucoes.php

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